terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Por que o mosquito Aedes aegypti transmite tantas doenças?

BBC
03/12/2015 05h00 - Atualizado em 07/12/2015 13h26

Por que o mosquito Aedes aegypti transmite tantas doenças?

Resistente e adaptável, espécie está no centro da atual epidemia de zika, além de ser vetor de contágio da dengue, das febres chikungunya e amarela e outras enfermidades mais raras.

Rafael BarifouseDa BBC Brasil em São Paulo
Vídeo mostra mosquito Aedes aegypti no momento da picada (Foto: Sanofi Pasteur/Divulgação)Vídeo mostra mosquito Aedes aegypti no momento da picada (Foto: Sanofi Pasteur/Divulgação)
No mundo, ele é chamado de mosquito da febre amarela. No Brasil, é conhecido como mosquito da dengue – e, mais recentemente, também da zika e da chikungunya.
Considerado uma das espécies de mosquito mais difundidas no planeta pela Agência Europeia para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês), o Aedes aegypti – nome que significa "odioso do Egito" – é combatido no país desde o início do século passado.
A partir de meados dos anos 1990, com a classificação da dengue como doença endêmica, passou a estar anualmente em evidência. Isso ocorre principalmente com a chegada do verão, quando a maior intensidade de chuvas favorece sua reprodução.
Agora, um novo sinal de alerta vem da epidemia de zika, uma doença com sintomas semelhantes aos da dengue, em curso desde o meio do ano.
Foi confirmado pelo governo federal que o zika vírus está ligado a uma má-formação no cérebro de bebês, a microcefalia, que já teve neste ano ao menos 1.248 casos registrados em 311 municípios em 14 Estados, a maioria deles no Nordeste.
Mosquitos Aedes aegypti, transmissor da dengue. doença, vetor, inseto, transmissores, contágio. -HN- (Foto: Fabio Motta/Estadão Conteúdo)Mosquitos Aedes aegypti (Foto: Fabio Motta/Estadão Conteúdo)
O Aedes aegypti também esteve no centro de um surto de febre chikungunya ocorrido no país no ano passado, quando este vírus chegou ao Brasil e se espalhou com a ajuda do mosquito.
E, apesar de a febre amarela ter sido considerada erradicada de áreas urbanas brasileiras em 1942, casos de contaminação foram confirmados em cidades de Goiás e no Amapá em 2014.
"O Aedes aegypti está ligado ainda a males mais raros, do grupo flavivírus", afirma Felipe Pizza, infectologista do hospital Albert Einstein.
"Entre os agentes de contaminação, esse mosquito é o que tem a capacidade de transmitir a maior variedade de doenças."
Eficiência
Alguns fatores contribuem para tornar o Aedes aegypti um agente tão eficiente para a transmissão desses vírus. Entre eles estão, segundo especialistas ouvidos pela BBC Brasil, sua capacidade de se adaptar e sua proximidade do homem.
Surgido na África em locais silvestres, o mosquito chegou às Américas em navios ainda na época da colonização. Ao longo dos anos, encontrou no ambiente urbano um espaço ideal para sua proliferação.
"Ele se especializou em dividir o espaço com o homem", afirma Fabiano Carvalho, entomologista e pesquisador da Fiocruz Minas.
"O mosquito prefere água limpa para colocar seus ovos, e qualquer objeto ou local serve de criadouro. Mesmo numa casca de laranja ou numa tampinha de garrafa, se houver um mínimo de água parada, seus ovos se desenvolvem."
Mas a falta de água limpa não impede que o Aedes aegypti se reproduza. Estudos científicos já mostraram que, nesse caso, a fêmea pode depositar seus ovos em água com maior presença de matéria orgânica.
Os ovos também podem permanecer inertes em locais secos por até um ano, e, ao entrar em contato com a água, desenvolvem-se rapidamente – num período de sete dias, em média.
"Outros vetores não têm essa capacidade de resistir ao ambiente", afirma Pizza, do Albert Einstein. "Por isso ele está presente quase no mundo todo, a não ser em lugares onde é muito frio."
Flexibilidade
Um aspecto que também favorece a reprodução é o fato de a fêmea colocar em média cem ovos de cada vez, mas não fazer isso em um único local. Em vez disso, ela os distribui por diferentes pontos.
"Quando tentamos exterminá-lo, é muito grande a chance de um destes locais passar despercebido", diz Carvalho.
Também se trata de um mosquito flexível em seus hábitos de alimentação.
O Aedes aegypti é, geralmente, diurno: prefere sair em busca de sangue pela manhã ou no fim da tarde, evitando os momentos mais quentes do dia.

"Mas ele é oportunista. Se não tiver conseguido se alimentar de dia, vai picar de noite. Isso não ocorre com o pernilongo, por exemplo, que é noturno e só vai estar quando o sol começa a se pôr", afirma a bióloga Denise Valle, pesquisadora do laboratório de biologia molecular de flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).
Além disso, o mosquito costuma ter como alvos mamíferos, especialmente humanos. Como explica o agência europeia, mesmo na presença de outros animais ele "se alimenta preferencialmente de pessoas".
Simbiose
Por ser um mosquito urbano que fica em contato constante com o homem, ser muito adaptável e ter um apetite especial por sangue humano, o inseto se tornou um eficiente vetor para a transmissão de doenças.
"Todo ser vivo busca uma forma de se proliferar, e com os vírus não é diferente. Nestes casos, eles podem ser transmitidos por outros vetores, mas que não são tão efetivos", afirma Erico Arruda, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia. "Eles (vírus) conseguiram no Aedes aegypti e na forma como este mosquito evoluiu uma relação de simbiose muito boa."
Para ser capaz de infectar uma pessoa, o vírus precisa estar presente na saliva do inseto.
Valle, do IOC/FioCruz, explica que, no caso da dengue, por exemplo, após o Aedes aegypti picar alguém que esteja infectado, o vírus leva cerca de dez dias para estar presente em sua saliva.
"São poucos os mosquitos que vivem mais de dez dias. Mas, quanto menos energia ele precisa gastar para se alimentar e colocar ovos, mais tempo ele vive", diz Valle.
"Assim, o aglomerado urbano, com muitos locais de criadouro e muitos alvos para picar, faz com que o mosquito viva mais, favorecendo o processo de infecção."
A bióloga destaca ainda que se trata de um mosquito especialmente arisco: "Quando vai picar, se a pessoa se mexe, ele tenta escapar e picar outra pessoa. Se estiver infectado com algum vírus, vai transmiti-lo para várias pessoas".
Controle
Exterminá-lo também é difícil. Segundo o Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos, o Aedes aegypti é "muito resistente", o que faz com que "sua população volte ao seu estado original rapidamente após intervenções naturais ou humanas".
No Brasil, ele chegou a ser erradicado duas vezes no século passado. Na década de 1950, o epidemiologista brasileiro Oswaldo Cruz comandou uma campanha intensa contra ele no combate à febre amarela. Em 1958, a Organização Mundial da Saúde declarou o país livre do Aedes aegypti.
Mas, como o mesmo não havia ocorrido em países vizinhos, o mosquito voltou a ser detectado no fim dos anos 1960. Foi erradicado novamente em 1973 – e retornou mais uma vez três anos mais tarde. "Hoje não falamos mais em erradicação. Sabemos que isso não é possível", diz Valle, do IOC/Fiocruz.
"O país é muito grande e tem muitas entradas para o mosquito. Também há muito mais gente vivendo em cidades, e a circulação de pessoas pelo mundo com a globalização aumentou muito. Os recursos humanos e financeiros para exterminá-lo seriam enormes."
Uma forma comum de combater o mosquito, a de dispersar uma nuvem de inseticida – técnica popularmente conhecida como "fumacê" –, não é muito eficiente, pois o componente químico tem de entrar em um espiráculo localizado embaixo da asa. Portanto, o inseto precisa estar voando, algo difícil tratando-se de uma espécie que fica na maior parte do tempo em repouso.
"Na maior parte das vezes, isso é jogar dinheiro fora e gera mosquitos mais resistentes. Hoje, levamos de 20 a 30 anos para desenvolver um inseticida e, em dois anos, ele perde sua eficácia por causa do uso abusivo", afirma Valle. "E os químicos usados no controle de larvas não estão disponíveis para a população."
Carvalho, da Fiocruz Minas, ressalta ainda que 80% dos criadouros são encontrados em residências, e que realizar a prevenção e exterminar focos do Aedes aegypti não é fácil.
"Quando temos uma epidemia, é mais simples conseguir o apoio da população, mas, fora deste período, é mais complexo sensibilizar as pessoas para a questão", afirma o entomologista. "Por tudo isso, acho muito complicado falar em erradicação. Talvez a melhor palavra seja controle."
Uma abordagem nova vem sendo testada na Bahia e em São Paulo. Machos transgênicos do Aedes aegypti são liberados na natureza e, no cruzamento com fêmeas comuns, geram larvas que morrem antes de atingir a fase adulta, o que, com o tempo, reduz a população do mosquito numa determinada área.
Responsável por testes realizados desde maio em Piracicaba, no interior paulista, a empresa Oxitec informou que os resultados estão sendo analisados por sua equipe técnica e que ainda não há uma previsão de quando serão divulgados.

Saiba reconhecer os principais sintomas da dengue

Saiba reconhecer os principais sintomas da dengue

'Sinais de alerta' indicam se infecção pode ser grave ou mais moderada.
Doença requer hidratação constante e bom senso no uso do paracetamol.

Do G1, em São Paulo
Diagnosticar a dengue com rapidez é uma das chaves para combater a doença com maior eficácia. O primeiro passo para isso é conhecer como a infecção se manifesta. Se os sintomas forem reconhecidos, é fundamental procurar um médico o mais rápido possível. Em geral, a doença tem evolução rápida. Por isso, saber antes pode fazer a diferença entre a ocorrência de um mal menor e consequências mais graves, principalmente no caso de crianças.
dengue (Foto: Arte G1)
Existem quatro tipos do vírus da dengue: O DEN-1, o DEN-2, o DEN-3 e o DEN-4. Eles causam os mesmos sintomas. A diferença é que, cada vez que você pega um tipo do vírus, não pode mais ser infectado por ele. Ou seja, na vida, uma pessoa só pode ter dengue quatro vezes.
70% a 90% das pessoas que pegam a dengue pela primeira vez não têm nenhum sintoma. Nos casos mais graves, a doença pode ser hemorrágica ou fulminante, levando à morte
SINAIS DE ALERTA
Dor intensa na barriga
Sinais de desmaio
Náusea
Falta de ar
Tosse seca
Fezes pretas
Sangramento
Os principais "sinais de alerta" da doença são dor intensa na barriga, sinais de desmaio, náusea que impede a pessoa de se hidratar pela boca, falta de ar, tosse seca, fezes pretas e sangramento.
Diagnóstico precoce
É essencial fazer tanto um diagnóstico clínico – que avalia os sintomas – como o exame laboratorial de sorologia, que verifica a contagem de hematócritos e plaquetas no sangue. A contagem de hematócritos acima do normal e de plaquetas abaixo de 50 mil por milímetro cúbico de sangue pode ser um indício de dengue.
O exame de sangue, por si só, não determina se o paciente está com dengue ou não. É preciso diagnosticar também os sintomas. Esses dois fatores vão determinar as condições do paciente.
Período crítico
O período crítico da doença é quando a febre do paciente diminui. Se a febre passar e o paciente tiver muita dor na barriga, ele está num estado grave mesmo sem sangramento.Esse poder ser um problema no atendimento primário nos hospitais porque geralmente as pessoas com febre são atendidas prioritariamente.
Ao passar a febre, a pessoa pensa que está curada, mas pode apresentar queda brusca de pressão, mal-estar e manchas vermelhas pelo corpo. O número de plaquetas no sangue ainda continua baixo e, por isso, é preciso continuar o tratamento.
O monitoramento clínico e laboratorial tem de ser constante, principalmente 72 horas após o período de febre. A complicação maior acontece no quinto dia da doença. O paciente tem de fazer pelo menos três exames de sangue, no início da dengue, depois da febre e uma terceira vez para ver se as plaquetas já voltaram ao normal.
Tratamento
A hidratação do paciente é parte importante do tratamento, pois a dengue é uma doença que faz a pessoa perder muito líquido. Por isso, é preciso beber muita água, suco, água de coco ou isotônicos. Bebidas alcoólicas, diuréticas ou gaseificadas, como refrigerantes, devem ser evitadas.

Zika vírus: entenda a transmissão, os sintomas e a relação com microcefalia

05/12/2015 05h00 - Atualizado em 07/12/2015 13h08

Zika vírus: entenda a transmissão, os sintomas e a relação com microcefalia

Vírus foi identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015.
Além de microcefalia, governo estuda possível relação com Guillain-Barré.

Mariana LenharoDo G1, em São Paulo
Aedes aegypti, que transmite dengue e chikungunya, também pode transmitir o zika vírus (Foto: CDC-GATHANY/PHANIE/AFP)Aedes aegypti, que transmite dengue e chikungunya, também transmite o zika vírus (Foto: CDC-GATHANY/PHANIE/AFP)
Identificado pela primeira vez no país em abril, o zika vírus tem provocado intensa mobilização das autoridades de saúde no país. Enquanto a doença costuma evoluir de forma benigna – com sintomas como febre, coceira e dores musculares – o que mais preocupa é a associação do vírus com outras doenças. O Ministério da Saúde já confirmou a relação do zika com a microcefalia e investiga uma possível relação com a síndrome de Guillain-Barré. Veja o que já se sabe sobre o vírus:
Como ocorre a transmissão?
Assim como os vírus da dengue e do chikungunya, o zika também é transmitido pelo mosquitoAedes aegypti.
Quais são os sintomas?
Os principais sintomas da doença provocada pelo zika vírus são febre intermitente, erupções na pele, coceira e dor muscular. A evolução da doença costuma ser benigna e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente em um período de 3 até 7 dias. O quadro de zika é muito menos agressivo que o da dengue, por exemplo.
Como é o tratamento?
Não há vacina nem tratamento específico para a doença. Segundo informações do Ministério da Saúde, os casos devem ser tratados com o uso de paracetamol ou dipirona para controle da febre e da dor. Assim como na dengue, o uso de ácido acetilsalicílico (aspirina) deve ser evitado por causa do risco aumentado de hemorragias.
Qual é a relação entre o zika e a microcefalia?
A relação entre zika e microcefalia foi confirmada pela primeira vez no mundo no fim de novembro pelo Ministério da Saúde brasileiro. A investigação ocorreu depois da constatação de um número muito elevado de casos em regiões que também tinham sido acometidas por casos de zika.

Os 10 principais fatos que marcaram o ano de 2014


retrospectiva 2014

Os 10 principais fatos que marcaram o ano de 2014

Veja os principais fatos e acontecimentos que marcaram o ano de 2014


Os 10 principais fatos que marcaram o ano de 2014

Operação Lava-Jato

10) Operação Lava-Jato
A Operação Lava-Jato  foi deflagrada em março deste ano e já conta com sete fases, onde investiga um grande esquema de lavagem e desvio de dinheiro envolvendo a Petrobras, grandes empreiteiras do país e políticos. Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da Petrobras e o doleiro Alberto Youssef assinaram acordos de delação premiada para explicar detalhes do esquema e receber, em contrapartida, alívio das penas.
Havia um esquema de pagamento de propina, e o dinheiro abastecia o caixa de partidos como PT, PMDB e PP. Grandes empreiteiras como a Camargo Corrêa, OAS e Odebrecht também estão envolvidas no esquema. As denúncias oferecidas pelo Ministério Público Federal foram acatadas e a Justiça Federal tornou réus 39 pessoas.
petrobras

Reaproximação entre Cuba e EUA

9) Reaproximação entre Cuba e EUA
O governo dos Estados Unidos iniciou uma aproximação histórica de Cuba, ao anunciar a normalização das relações diplomáticas plenas e o alívio de diversas sanções em vigor desde 1961. Raul Castro e Barack Obama costuraram um acordo durante 18 meses de negociações secretas. O papa Francisco ajudou intermediando essa aproximação.
A notícia da aproximação chegou na sequência da libertação por Cuba de Alan Gross, de 65 anos, um empreiteiro americano mantido prisioneiro por cinco anos sob acusações de espionagem, e de um suposto agente americano não identificado. Ambos os lados haviam apontado a libertação de seus cidadãos como pré-condição para a abertura de negociações. Barack Obama também tenta negociar os termos para reabrir a embaixada dos Estados Unidos em Cuba.
raul e obama
raul e obama

Candidatura e morte de Eduardo Campos

8) Candidatura e morte de Eduardo Campos
Neto do ex-governador Miguel Arraes e filho da deputada Ana Arraes, Eduardo Campos fez sua trajetória política chegar ao ápice com a candidatura à presidência. Sua morte trágica em pleno pleito eleitoral chocou o mundo inteiro e abalou convicções no Brasil.
Ao se candidatar ao cargo mais alto do país, Campos exercia seu segundo mandato no governo de Pernambuco, aos 48 anos, e era o governador mais popular do Brasil, com alta aprovação em seu estado. A aliança com Marina Silva trouxe dúvidas ao eleitorado, pois os ideais políticos dos dois pareciam não convergir. Ainda assim, Campos mudou o cenário do primeiro mês de campanha abalando tanto a candidatura de Aécio Neves quanto da presidente Dilma.
As circunstâncias da morte de Eduardo Campos em 13 de agosto trouxeram inúmeras especulações. A queda do avião foi investigada até mesmo como homicídio culposo, mas a conclusão do caso não incriminou ninguém.
eduardo campos

Crise na Ucrânia

Crise no país começou no fim de 2013  (Foto: Reprodução/Internet)


5) Crise na Ucrânia
A assinatura de um acordo com a Rússia pelo governo ucraniano, afastando-se assim de acordo com a União Europeia, deflagrou uma guerra civil entre militantes pró-Rússia e os pró-EU, de ambos os grupos. Em novembro de 2014 o primeiro ministro do país, Pavlo Klimkin, criticou a postura do Brasil em relação à crise.
Após o início da crise, o presidente ucraniano Viktor Yanukovych foi destituído. As eleições foram adiantadas para o dia 25 de maio e um empresário do ramo de chocolate, Petro Poroshenko, foi eleito em seu lugar.
Em julho, um avião da Malaysia Airlines foi abatido por militantes pró-Rússia enquanto sobrevoava o país. O motivo do abate seria a semelhança da aeronave com o modelo utilizado pela força aérea ucraniana.295 pessoas morreram.
Em setembro, o novo presidente conseguiu se reunir com os representantes da força armada pró-Rússia para assinar um acordo de csar-fogo e reduzir as animosidades no país.
Crise no país começou no fim de 2013  (Foto: Reprodução/Internet)

Resultados da Comissão Nacional da Verdade

4) Resultados da Comissão Nacional da Verdade
A Comissão Nacional da Verdade (CNV) chegou ao fim neste mês de dezembro, após mais de dois anos de funcionamento, ao divulgar seu relatório final de trabalho. Ela investigou as violações de direitos humanos cometidas pelo Estado brasileiro durante a o período de 1946 a 1988, que inclui o regime militar (1964 – 1988). No relatório, a comissão responsabiliza 377 responsáveis pelas graves violações aos direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988, além de fazer recomendações ao Estado brasileiro, como adesmilitarização das polícias militares estaduais e a revogação da Lei de Segurança Nacional. Das quase 30 recomendações, 17 são medidas institucionais, oito são iniciativas de mudanças de leis ou da Constituição e quatro são medidas para dar seguimento às ações da CNV. Após a divulgação do relatório, o coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Pedro Dallari, criticou o silêncio das Forças Armadasdiante do documento elaborado pelo grupo. A lei que criou a comissão foi sacionada pela presidente Dilma Rousseff em novembro de 2011. Mas a comissão só foi instalada oficialmente em 16 de maio de 2012.
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Documento apresentado pela Comissão Nacional da Verdade fala sobre abusos cometidos contra os direitos humanos (Reprodução/ Internet)
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Surto de ebola no mundo

 3) Surto de ebola no mundo
A maior epidemia de ebola já registrada atingiu cerca de 17 mil pessoas e matou mais de 6 mil desde seu surgimento na África ocidental até sua chegada nos Estados Unidos e na Europa. Segundo cientistas, o“paciente zero” que deu início a epidemia seria um menino de dois anos, que teria contraído o vírus em uma aldeia em Guéckédou, no sudeste da Guiné, e morrido no dia 6 de dezembro do ano passado, poucos dias depois de ter febre, vômitos e diarreia. Com medo que a epidemia se alastrasse, vários governos como o dos Estados Unidos, o de alguns países europeus e asiáticos, e até mesmo o do Brasil aumentaram a fiscalização nos aeroportos com o intuito de impedir pessoas infectadas de entrarem em seus territórios. Afinal, o vírus é transmitido por fluidos corporais, o que facilita o contágio. No Brasil, um caso suspeito de um guineano doente em Cascavel (PR) mobilizou uma equipe de resgate que o levou até o Instituto Evandro Chagas, no Rio de Janeiro, onde ele ficou até ficar confirmado que era apenas um alarme falso.
ebola

Copa do Mundo no Brasil

2) Copa do Mundo no Brasil 
Este ano, o Brasil sediou a Copa do Mundo, o maior evento esportivo do planeta. Apesar das críticas contra a Fifa e o governo pela alta soma gasta com o mundial, a Copa ocorreu de forma festiva e sem grandes distúrbios.
Contudo, a atuação da seleção brasileira deixou a desejar e acabou sofrendo a pior goleada de sua história em copas do mundo. A derrota por 7 x 1 para a Alemanha jogou por terra a esperança daqueles que esperavam vero o Brasil ser hexacampeão em casa.
A Alemanha acabou ganhando o mundial. A Argentina ficou em segundo lugar, e a Holanda conquistou a terceira posição. O Brasil ficou somente em quarto lugar.
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Seca em São Paulo

1) Seca em São Paulo 
Em 2014, o estado de São Paulo passou pela pior seca já registrada nos últimos 70 anos. O nível do Sistema Cantareira, principal reservatório da Grande São Paulo, caiu para 7,1%, o mais baixo de sua história.
A crise hídrica de São Paulo colocou em lados opostos a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e a Agência Nacional de Águas (ANA), que acusou o governo paulista de má gestão. O problema também gerou uma disputa pela água entre São Paulo e Rio de Janeiro.
No início deste mês, a presidente Dilma Rousseff assinou um acordo com o governo de São Paulo que prevê uma ajuda financeira de R$3,24 bilhões ao estado. Parte da soma será usada para solucionar o problema de abastecimento.
seca


retrospectiva 2014

Os 10 principais fatos que marcaram o ano de 2014

Veja os principais fatos e acontecimentos que marcaram o ano de 2014

Os 10 principais fatos que marcaram o ano de 2014
Fatos importantes e grandes eventos marcaram o ano de 2014 (Reprodução/Pixabay)

O ano de 2014 foi marcado por grandes eventos, conflitos e disputas eleitorais. O Opinião e Notíciaseparou os 10 fatos mais importantes do ano. Confira!